- Introdução
O sarampo é uma doença viral de alta contagiosidade. Estima-se que, em uma população suscetível, 1 caso de sarampo resulte em aproximadamente 12 a 18 casos secundários. A doença tem uma fase prodrômica, caracterizada pela presença de febre e pelo menos um dos sinais e sintomas como tosse, coriza e conjuntivite, seguida, após um período de 2 a 4 dias do início da febre, pelo aparecimento de uma erupção cutânea maculopapular com distribuição craniocaudal.1–4
O sarampo pode cursar com complicações em até 30% dos casos, incluindo otite média aguda, laringotraqueobronquite, pneumonia, diarreia e encefalite, particularmente em crianças pequenas, gestantes e pacientes imunocomprometidos. Existe ainda o risco da ocorrência da panencefalite esclerosante subaguda (PESApanencefalite esclerosante subaguda), uma rara complicação tardia da doença.1–4
A mortalidade do sarampo é variável nas diversas populações e pode chegar a taxas de 1 a 15% em crianças desnutridas oriundas de locais sem acesso a cuidados médicos. A principal medida preventiva é a vacinação, sendo necessárias duas doses de vacina com componente sarampo acima de 1 ano de idade para uma efetiva prevenção da doença.1–4
Nota da Editora: os medicamentos que estiverem com um asterisco (*) ao lado estão detalhados no Suplemento constante no final deste volume.
- Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- reconhecer os aspectos da epidemiologia do sarampo na infância;
- identificar um caso suspeito de sarampo em crianças e adolescentes;
- tratar os pacientes com sarampo de maneira adequada e prevenir as suas complicações
- reconhecer a importância da vacina contra o sarampo, como forma de prevenção, para diminuir a morbidade e a mortalidade associadas à doença;
- identificar estratégias pertinentes à prevenção do sarampo em indivíduos suscetíveis expostos à doença, assim como fornecer orientações em relação ao isolamento desses pacientes.
- Esquema conceitual