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SUPLEMENTO: DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROPED VOLUME 1 — CICLO 7

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SUPLEMENTO

SUPLEMENTO: DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROPED VOLUME 1 — CICLO 7

Este Suplemento contém as principais informações a respeito dos medicamentos abordados no Volume 1 do Ciclo 7 do PROPED.

Para saber mais

 

O conteúdo deste Suplemento foi extraído do livro Medicamentos de A a Z – 2012/2013: pediatria, de Paulo R. Antonacci Carvalho e colaboradores. Para maiores informações sobre os medicamentos aqui listados (como efeitos adversos, comentários, etc.) e outros, consultar a obra completa:

 

Carvalho PRA, Carvalho CG, Torriani MS, Santos L, Barros E, organizadores. Medicamentos de A a Z – 2012/2013: pediatria. Porto Alegre: Artmed; 2012.

 

ALGUMAS SIGLAS UTILIZADAS NAS DESCRIÇÕES DOS MEDICAMENTOS DESTE SUPLEMENTO

ampampola

Ampola

cprcomprimido

Comprimido(s)

cpscápsula

Cápsula(s)

crcreme

Creme

DPOCdoença pulmonar obstrutiva crônica

Doença pulmonar obstrutiva crônica

drgdrágea

Drágea(s)

frfrasco

Frasco(s)

fr-ampfrasco-ampola

Frasco-ampola(s)

IMintramuscular

Intramuscular

IMAOinibidor da monoaminaoxidase

Inibidor da monoaminaoxidase

IRinsuficiência renal

Insuficiência renal

IVintravenoso

Intravenoso

SFsoro fisiológico

Soro fisiológico

SGsoro glicosado

Soro glicosado

SNCsistema nervoso central

Sistema nervoso central

solsolução

Solução

suspsuspensão

Suspensão

VOvia oral

Via oral

xpexarope

Xarope

Selecione o medicamento para exibir os detalhes

 

Adrenalina (epinefrina)

Grupo farmacológico. Vasopressor; potente estimulador dos receptores alfa e beta-adrenérgicos; simpaticomimético.

Apresentação. Ampampola de 1mL (1mg/mL).

Usos. Parada cardíaca: FV/TV sem pulso, AESP, assistolia. Pode ser utilizada em infusão contínua como suporte hemodinâmico. Bradicardia com hipotensão sintomáticas que não responderam à atropina ou ao marca-passo. Reação anafilática. Obstrução via aérea superior.

Contraindicações. Arritmias cardíacas, glaucoma de ângulo fechado.

Posologia.

  • Neonatologia: ressuscitação e bradicardia severa: 0,01-0,03mg/kg, IVintravenoso, em push (0,1-0,3mL/kg, concentração 1:10.000). Doses mais altas podem ser usadas IT (até 0,1mg/kg). Infusão contínua: começa com 0,1mg/kg/min até 1mg/kg/min.
  • Pediatria: reações de hipersensibilidade: IMintramuscular, 0,01mg/kg (0,01mL/kg/dose da solsolução 1:1.000), não excedendo 0,5mg a cada 20 min; IVintravenoso, 0,01mg/kg (0,1mL/kg da solução 1:10.000); pode-se administrar IVintravenoso em IC 0,1mg/kg/min. Bradicardia: IVintravenoso, 0,01mg/kg (0,1mL/kg da solução 1:10.000); dose máxima: 1mg. Pode repetir a cada 3-5 min conforme necessidade. Intratraqueal: 0,1mg/kg (0,1mL/kg da solução 1:1.000). Pode repetir a cada 3-5 min conforme necessidade. A dose poderá ser dobrada conforme necessidade. Assistolia ou parada cardíaca: IVintravenoso/IO, 0,01mg/kg (0,1mL/kg da solução 1:10.000). Pode repetir a cada 3-5 min conforme necessidade. Intratraqueal: 0,1mg/kg (0,1mL/kg da solução 1:1.000). Pode repetir a cada 3-5 min conforme necessidade. A dose poderá ser dobrada conforme necessidade. Choque: 0,1-1mg/kg/min. Considerar uso de doses mais altas se necessário. Crupe/obstrução via aérea superior: Nebulização: 3mL da solsolução 1:1.000 diluídos em 3mL de solsolução fisiológica, ou solução racêmica 0,25-0,5mL (2,25%) diluída em 3mL de solsolução salina.
  • Adolescentes: 1mg (1:10.000) a cada 3-5 min em bolo IVintravenoso (ou 2-2,5mg via TOT) durante as manobras de reanimação. Para uso como infusão contínua, a dose é de 2-10µg/min.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: dados não disponíveis.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: adultos: bolo: a cada 3-5 min; infusão contínua: administrar em acesso central, iniciando-se com 1mg/min e aumentando-se até 10mg/min. Pediaria: bolo ou IO: diluir o medicamento até a concentração máxima de 100μg/mL; infusão contínua: concentração máxima da diluição de 64µg/mL em soro.
  • Via subcutânea: pode ser administrado por essa via, mas extravasamento pode causar isquemia tecidual.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via inalatória: pode ser realizada diluindo-se a dose em 3-5mL de SFsoro fisiológico 0,9%.

Interações medicamentosas.

  • Simpaticomiméticos e bromocriptina: podem ter seus níveis elevados se administrados com adrenalina.
  • Inibidores da MAO, inibidores da recaptação da serotonina, antidepressivos tricíclicos, antiácidos: podem aumentar os níveis séricos da adrenalina.
  • Espironolactona: podem reduzir a concentração plasmática da adrenalina.

Lactação. Não recomendado.

 

Azitromicina

Grupo farmacológico. Macrolídeo; antibacteriano.

Apresentações. Cpscápsula ou cprcomprimido de 250, 500 ou 1.000mg; suspsuspensão oral de 40mg/mL; fr-ampfrasco-ampola de 500mg; cprcomprimido revestidos de 500 ou 1.000mg.

Usos. Infecções bacterianas de vias aéreas, de tecidos moles, de pele e em casos de sinusite aguda. Tratamento e profilaxia das micobacterioses atípicas em pacientes com aids. Uretrites e cervicites, pela boa atividade contra os patógenos envolvidos e pela longa meia-vida. Tratamento de shigelose, febre tifoide e coqueluche. Erradicação do estado de portador do meningococo. Alternativa para o tratamento de gonorreia, de leishmaniose cutânea e de donovanose. Anti-inflamatório em doenças pulmonares.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: em lactentes < 6 meses com infecção por Bordetella pertussis, usar 10mg/kg/dose, por 5 dias. Não há estudos farmacocinéticos em recém-nascidos; mesmo assim, prefere-se a azitromicina para esses pacientes pelo risco de a eritromicina poder causar estenose hipertrófica do piloro.
  • Pediatria e adolescentes: 500mg, VOvia oral, 1x/dia ou 10mg/kg/dia, por 3-5 dias, para o tratamento de infecções cutâneas, sinusites, otites, shigelose e salmonelose; 7-10 dias para o tratamento de pneumonias. Aprovada em dose única de 30mg/kg para tratamento de otite média aguda. Faringite estreptocócica: 12mg/kg/dia, por 5 dias, ou 20mg/kg/ dia, por 3 dias. Cancroide: dose única de 20mg/kg (máximo de 1 g). Uretrite/cervicite por clamídia: dose única de 10mg/kg. Tracoma: dose única de 20mg/kg (máximo de 1 g). Infecções por Campylobacter: 10mg/kg, máximo de 500mg, 1x/dia, por 5 dias. Para prevenção e tratamento de micobacterioses atípicas em pacientes com HIV: 5mg/kg/dia ou 20mg/kg (máximo de 1,2 g), 1x/semana. Babesiose: 12mg/kg/dia, por 7-10 dias, em combinação com atovaquona. Tratamento e profilaxia da coqueluche: 10-12mg/kg/dia, máximo de 500mg, por 5-7 dias. Profilaxia da endocardite: 15mg/kg, 1 h antes do procedimento. Erradicação do estado de portador do meningococo: adolescentes, 500mg, em dose única.
  • Uso IVintravenoso: um estudo farmacocinético sugere dose de 10mg/kg/dia em pacientes com 6 meses a 16 anos. Em adultos, usar dose de 500mg por 2 dias e trocar para VOvia oral assim que possível.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não há recomendação de ajuste; entretanto, usar com cuidado se houver insuficiência hepática severa.
  • Função renal: não há necessidade de ajuste.
  • Diálise: não há necessidade de ajuste.

Modo de administração.

  • Via oral: formulações de liberação imediata (cprcomprimido, cpscápsula e suspsuspensão oral) podem ser administradas com alimentos. Biodisponibilidade de cerca de 37%.
  • Via sonda: administrar a suspsuspensão oral via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: diluir a dose em 250-500mL (adolescentes) ou 1-2mg/mL (pediatria) de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5%. Administrar em infusões de 1 h (2mg/mL) a 3 h (1mg/mL).
  • Via intramuscular: não pode ser administrado IMintramuscular.

Interações medicamentosas.

  • Antiácidos: reduzem os níveis séricos da azitromicina em até 24%.
  • Tacrolimus, fenitoína, ergotamina, astemizol, bromocriptina, carbamazepina, ciclosporina, digoxina, triazolam: podem ter seus efeitos aumentados na presença da azitromicina.
  • Pimozida, sotalol: risco aumentado de cardiotoxicidade.
  • Nelfinavir: aumento dos níveis séricos da azitromicina podendo desencadear efeitos adversos (diarreia, ototoxicidade, hepatotoxicidade).
  • Varfarina: pode ocorrer aumento dos riscos de sangramento.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a biodisponibilidade das formulações orais de uso imediato, sendo que a suspsuspensão oral tem sua absorção aumentada em até 46% quando administrada com as refeições. Formulações orais de liberação prolongada (não disponíveis no Brasil) são afetadas pela presença de alimentos e devem ser administradas em jejum.

Lactação. Usar com precaução.

 

Clindamicina

Grupo farmacológico. Lincosamina; antimicrobiano.

Apresentações. Ampampola de 300 (2mL), 600 (4mL) ou 900 (6mL)mg; cpscápsula ou cprcomprimido com 300mg; solsolução tópica.

Usos. Infecções por germes anaeróbios, principalmente pélvicas ou respiratórias. Alternativa à penicilina em pacientes alérgicos. Infecções por Streptococcus sp. e Staphylococcus sp. sensíveis. Em associação à pirimetamina para o tratamento da toxoplasmose em pacientes com aids alérgicos a sulfonamidas. Em associação ao quinino para pacientes infectados por Babesia microti e por Plasmodium falciparum resistente à cloroquina. Em associação à primaquina para pneumocistose.

Contraindicações. Colite ulcerativa, colite pseudomembranosa, enterite.

Posologia.

  • Neonatologia: 5-7,5mg/kg.
  • Pediatria: VOvia oral, 10-30mg/kg/dia, em 3-4 doses diárias; dose máxima: 2.000mg/dia. Via parenteral: 25-40mg/kg/dia em 3-4 doses diárias.
  • Adolescentes: 150-450mg, VOvia oral, de 6/6 h; 600-900mg, IVintravenoso ou IMintramuscular, de 8/8 h, 10-40mg/kg/dia, IMintramuscular, IVintravenoso ou VOvia oral, divididos de 6/6 ou de 8/8 h. Pode-se, também, calcular a dose por superfície corporal, usando-se 350mg/m²/dia, em infecções moderadamente graves, e 450mg/m²/dia, em infecções graves. Babesiose: clindamicina, 600mg, VOvia oral, de 8/8 h, e quinino, 650mg, VOvia oral, de 8/8 h, durante 7 dias. Malária: clindamicina, 450mg, VOvia oral, de 6/6 h, e quinino, 650mg, VOvia oral, de 8/8 h, por 3 dias, ou clindamicina, 20mg/kg/dia, divididos de 12/12 h, VOvia oral ou IVintravenoso, por 5 dias. Toxoplasmose ocular: clindamicina, 150-300mg, VOvia oral, de 6/6 h, durante 3 semanas. Toxoplasmose em paciente imunossuprimido: na fase aguda, usar clindamicina, 450-600mg, VOvia oral ou IVintravenoso, de 6/6 h, e pirimetamina, 50-75mg, VOvia oral, de 24/24 h, por 6 semanas. Pneumocistose: 900mg, IVintravenoso, de 8/8h, combinada com primaquina, 30mg, VOvia oral, por dia.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não há necessidade de ajuste.
  • Função renal: não há necessidade de ajuste.
  • Diálise: não há necessidade de ajuste.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos. Para diminuir a irritação gastresofágica, administrar com água.
  • Via sonda: as cpscápsula podem ser abertas, e o seu pó, dissolvido em 10mL de água fria para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: não. Intermitente: diluir a dose em 50-100mL ou na concentração máxima de 18mg/mL para restrição hídrica e para crianças. A infusão deve ser realizada em 30-60 min, a uma velocidade não superior a 30mg/min.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via tópica: aplicar a solsolução tópica na região afetada.

Interações medicamentosas.

  • Eritromicina: o uso concomitante com clindamicina reduz o nível sérico da eritromicina, diminuindo seu efeito.
  • Atracúrio: o uso concomitante com clindamicina pode aumentar os efeitos do atracúrio; considerar redução de dose deste e monitorar depressão respiratória.
  • Ciclosporina: o uso concomitante pode diminuir a biodisponibilidade da ciclosporina; monitorar efeitos da ciclosporina, pois ajustes de doses podem ser necessários.
  • Alimentos: pode ser administrado com alimentos, sem alteração na absorção.

Lactação. Compatível.

 

Dexametasona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Cprcomprimido de 0,5, 0,75 e 4mg; elixir com 0,1mg/mL em 100 e 120mL; crcreme com 0,1% em bisnaga de 10 g; ampampola com 2mg em 1mL; ampampola com 10mg em 2,5mL.* Associada com timina, piridoxina e/ou cianocobalamina: 1 ampampola de 2mL + 1 ampampola de 1mL.

Usos. Doenças inflamatórias crônicas, alérgicas, hematológicas, dermatológicas, autoimunes, neoplasia, edema cerebral, choque séptico, antiemético na quimioterapia, teste diagnóstico (overnight) para síndrome de Cushing, reposição na insuficiência adrenal (requer associação com mineralocorticoide).

Contraindicações. Infecções fúngicas sistêmicas, malária cerebral.

Posologia.

  • Neonatologia: edema de via aérea/extubação: 0,25mg/kg/dose, 4 h antes da extubação programada e, após, 3 doses a cada 8 h. Dose máxima 1mg/kg/dia. Terapia prolongada pode ser requisitada para casos mais graves. Displasia broncopulmonar: para facilitar extubação e melhorar função pulmonar em crianças com risco de desenvolverem doença pulmonar crônica, o esquema mais recomendado é 0,5mg/kg/dia por 2 dias, 0,25mg/kg/dia por 2 dias, 0,12mg/kg/dia por 2 dias, totalizando 6 dias, sempre de 12/12 h.
  • Pediatria: edema via aérea/extubação: 0,5-2mg/kg/dia, divididos 6/6h. Iniciar 24 h antes da extubação e continuar 4-6 doses após. Anti-inflamatório: 0,08-0,3mg/kg/dia ou 2,5-10mg/m²/dia a cada 6-12 h. Edema cerebral: dose inicial: 1-2mg/kg; após, 1-1,5mg/kg/dia, de 6/6h. Meningite: 0,15mg/kg/dose, de 6/6 h nos primeiros 4 dias de tratamento com antimicrobianos, devendo ser iniciado junto com a primeira dose do antibiótico. Anteriormente usada para edema de glote, hoje é questionada como tratamento da anafilaxia – como segunda linha e efeito tardio – em cujos casos o medicamento de escolha é a adrenalina. A dexametasona pode ser usada na dose 0,6mg/kg/dose na tentativa de evitar edema rebote tardio, porém não é consensual.
  • Adolescentes: para administração oral, utilizam-se habitualmente de 0,5-10mg/dia, divididos em 2-4 administrações. Para uso IVintravenoso (fosfato), a dose varia de 0,5-24mg/dia. A dose da forma acetato é de 8-16mg a cada 1-3 semanas. Para o choque séptico, é recomendada a administração IVintravenoso lenta de 2-6mg de fosfato de dexametasona; pode ser repetida a dose após 2-6 h, se necessário. No edema cerebral associado com tumor cerebral, 10mg de fosfato de dexametasona, IVintravenoso, seguidos de 4mg, IVintravenoso, a cada 6 h. Antiemético: 10-20mg, IVintravenoso ou VOvia oral, 30 min antes da quimioterapia e 4-8mg a cada 12 h, por 2 dias. Reposição fisiológica: 0,03-0,15mg/kg/dia ou 0,6-0,75mg/m²/dia para adolescentes e crianças.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos ou leite. A presença de alimentos minimiza os efeitos gastrintestinais.
  • Via sonda: administrar o elixir via sonda. O cprcomprimido pode ser triturado e misturado em volume adequado de água para administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: diretamente sem diluir em soro (dose menor de 10mg) e administrar lentamente (5-10 min). Intermitente: adolescentes: diluir a dose em 50-100mL de SGsoro glicosado 5% ou SFsoro fisiológico 0,9% e administrar em 15-30 min. Pediatria: diluir em volume adequado de soro para infusão.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: não recomendado.
  • Via tópica: aplicar uma fina camada na região afetada.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, ciclosporina, natalizumabe, talidomida, diuréticos, varfarina, ibuprofeno, tenoxicam: pode ocorrer aumento nos níveis séricos desses medicamentos, aumentando seus efeitos.
  • Fluconazol, voriconazol, nifedipina, dasatinibe, eritromicina, ciprofloxacino, trastuzumabe, ácido salicílico: pode ocorrer aumento nos níveis séricos da dexametasona, aumentando seus efeitos.
  • Calcitriol, glibenclamida, insulina, caspofungina, isoniazida, nilotinibe, ácido salicílico, vacinas: o uso concomitante com dexametasona pode diminuir os efeitos desses medicamentos.
  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, deferasirox, primidona, rifampicina: o uso concomitante com esses medicamentos pode diminuir os efeitos da dexametasona.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a absorção do medicamento.

Lactação. Usar com precaução.

 

Eritromicina

Grupo farmacológico. Macrolídeo; antibiótico.

Apresentações. Cpscápsula, cprcomprimido simples e cprcomprimido revestidos de 250 e 500mg; cpscápsula gelatinosa com microgrânulos com 250mg; suspsuspensão oral com 125mg/5mL em frfrasco de 60, 105 e 120mL; suspsuspensão oral com 250mg/5mL em frfrasco de 45, 60 e 105mL; crcreme dermatológico; solsolução tópica de 20mg/mL em frfrasco de 30, 60 e 120mL; fr-ampfrasco-ampola 1g (injetável – forma lactobionato).

Usos. Infecções por Mycoplasma pneumoniae e Legionella sp. Também é efetiva para infecções causadas por Streptococcus pneumoniae, Streptococcus sp., Chlamydia sp., Campylobacter jejuni, Corynebacterium diphtheriae, Neisseria gonorrhoeae e para infecções leves causadas por S. aureus sensíveis. Pode ser usada na profilaxia de endocardite bacteriana subaguda e na recorrência da febre reumática em pacientes alérgicos à penicilina. É opção para o tratamento de gonorreia e de sífilis em pacientes que não podem usar penicilina ou tetraciclina. Efetiva para eliminar o estado de portador agudo e crônico de difteria. Se usada precocemente na coqueluche, pode abreviar a duração da doença. Procinético; dismotilidade gástrica.

Contraindicações. Uso concomitante de derivados do ergot, cisaprida e pimozida; uso em recém-nascidos.

Uso off-label. Tratamento de intolerância alimentar por dismotilidade em neonatos: 10mg/kg/dose, VOvia oral, 6/6 h, por 2 dias, seguidos por 4mg/kg/dose, VOvia oral, 6/6 h, por 5 dias.

Posologia.

  • Neonatologia: Tratamento pneumonite e conjuntivite por Chlamydia trachomatis: 12,5mg/kg/dose, VOvia oral, de 6/6 h, por 14 dias. Infecções graves quando paciente não tem condições de VOvia oral: 5-10mg/kg/dose, IVintravenoso, a cada 6 h. Evitar uso nessa faixa etária, pois esse fármaco foi epidemiologicamente associado à estenose hipertrófica do piloro quando usado em recém-nascidos, especialmente se < 14 dias de vida. No tratamento de coqueluche, preferir azitromicina, embora também haja preocupação em relação a esse paraefeito.
  • Pediatria: 30-50mg/kg/dia, de 6/6 h. Não ultrapassar 4g/dia.
  • Adolescentes: 250mg-1g, VOvia oral, de 6/6 h.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: evitar o uso se houver insuficiência hepática grave (Child-Pugh C).
  • Função renal: não há necessidade de ajuste.
  • Diálise: não há necessidade de ajuste.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com ou sem alimentos.
  • Via sonda: administrar a suspsuspensão oral via sonda; sugere-se diluir a dose em 10mL de água para facilitar a administração. No momento da administração: pausar a dieta enteral 1 h antes do medicamento e reiniciá-la após 2 h da administração. Preferencialmente, em sonda nasogástrica.
  • Via intravenosa: bolo: não administrar. Intermitente/contínua: pode-se diluir a dose na concentração máxima entre 2,5-5mg/mL em SFsoro fisiológico 0,9% e administrar em 60 min ou mais. Para pacientes adolescentes sem restrição de volume considerar a diluição da dose em 100-250mL de SFsoro fisiológico 0,9%.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.
  • Via tópica: desinfetar o local antes da aplicação do medicamento. Passar fina camada no local afetado (2x/dia).

Interações medicamentosas.

  • Fluconazol, buspirona, nifedipina, nilodipino, carbamazepina, digoxina, clozapina, colchicina, ciclosporina, ergotamina, fentanil, sinvastatina, atorvastatina, pimozida, haloperidol, claritromicina, repaglinida, rifampicina, salmeterol, sertralina, fluoxetina, sirolimus, sildenafil, tacrolimus, teofilina, tioridazina, topotecano, ziprasidona, sulfametoxazol + trimetoprima, midazolam, lidocaína, loratadina e inibidores de protease: os efeitos desses medicamentos podem se potencializar na presença da eritromicina.
  • Ciprofloxacino, nilotinibe: os efeitos da eritromicina podem se potencializar na presença desses medicamentos.
  • Clopidogrel: os efeitos do clopidogrel podem diminuir na presença da eritromicina.
  • Alimentos: a presença de alimentos causa variações nos níveis plasmáticos do medicamento. Evitar leite e sucos cítricos.

Lactação. Usar com precaução.

 

Hidrocortisona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Fr-ampfrasco-ampola com 100 e 500mg + diluente; fr-ampfrasco-ampola com 50mg/mL + 2mL diluente; fr-ampfrasco-ampola com 100mg/mL + 3mL diluente; fr-ampfrasco-ampola com 125mg/mL + 4mL diluente.

Usos. Insuficiência adrenocortical primária ou secundária, hiperplasia adrenal congênita, tratamento adjuvante na colite ulcerativa, antes de cirurgias ou em caso de trauma ou doença grave em pacientes com insuficiência adrenocortical duvidosa ou comprovada, asma grave.

Contraindicação. Infecção fúngica sistêmica.

Uso off-label. choque.séptico.

Posologia.

  • Neonatologia: hipoglicemia neonatal: refratária à taxa de infusão de glicose maior que 12-15mg/kg/min, VOvia oral/IVintravenoso: 5mg/kg/dia, divididos entre 8-12 h ou 1-2mg/kg/dose a cada 6 h. Tratamento para hipotensão: 20-30mg/m², por dia, IVintravenoso, em 2-3 doses, ou aproximadamente 1mg/kg por dose a cada 8 ou 12 h por até 3 dias. Reposição na hiperplasia adrenal congênita: 7-9mg/m² por dia, IVintravenoso, em 2-3 doses.
  • Pediatria: insuficiência adrenal aguda: lactentes: 1-2mg/kg/dose, IVintravenoso, bolo; após, 25-150mg/dia, doses 6-8 h. Crianças maiores: ataque mesma dose que lactentes e manutenção de 150-250mg/dia divididos entre 6-8 h. Anti-inflamatória ou imunossupressão: VOvia oral: 2,5-10mg/kg/dia ou 75-300mg/m²/dia, 6-8 h; IVintravenoso: 1-5mg/kg/dia ou 30-150mg/m²/dia, a cada 12-24 h. Hiperplasia congênita adrenal: VOvia oral: 10-20mg/m²/dia, divididos em 3 doses, com manutenção para lactentes de 2,5-5mg, 3x/dia, e crianças de 5-10mg, 3x/dia. Reposição fisiológica: VOvia oral: 0,5-0,75mg/kg/dia ou 20-25mg/m²/dia, divididos a cada 8 h. IMintramuscular/IVintravenoso: 0,25-0,35mg/kg/dia ou 12-15mg/m²/dia, 1x/dia. Choque: crianças: não existe padronização das doses, sugerindo-se doses de hidrocortisona assim que seja detectada refratariedade do choque às catecolaminas ou na presença de fator de risco para insuficiência adrenal, em doses baixas (10mg/kg de ataque; máximo de 200mg) seguidos de 100mg/m²/dia a cada 6 h, nunca ultrapassando 50mg/dose por no mínimo 5 dias ou até que sejam suspensos fármacos vasoativos.
  • Adolescentes: em urgências (anafilaxia, asma aguda grave, interrupção acidental do corticoide), a dose habitual é de 100-500mg, IVintravenoso, a cada 6 ou 8 h até que o paciente tenha estabilizado, geralmente entre 48-72 h. Na reposição por estresse ou cirurgia de médio porte após corticoterapia crônica recente ou em corticoterapia atual, 50mg, IVintravenoso, 12 h antes ou 100mg, IVintravenoso, no momento da indução; nas cirurgias de grande porte 50mg, IVintravenoso, 12 h antes e 100mg, IVintravenoso, no momento da indução. Após, 50mg, IVintravenoso, a cada 8 ou 12 h, durante 2-3 dias, em ambos os portes de cirurgia. Para colite ulcerativa, administração retal de 10-100mg, 1-2x/dia, por 2-3 semanas.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não é necessário ajuste.
  • Função renal: não é necessário ajuste.
  • Diálise: não é necessário ajuste.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: bolo: pode-se diluir a dose em soro na concentração máxima de 50mg/mL ou administrar diretamente (sem diluir em soro), em 3-5 min. IVintravenoso/intermitente: diluir a dose em 100-250mL de SGsoro glicosado 5% ou SFsoro fisiológico 0,9% e administrar em 30-60 min (concentração entre 2-5mg/mL). Restrição hídrica: diluir em 50mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% ou considerar concentração máxima para esses pacientes de 60mg/mL.
  • Via intramuscular: sim, reconstituir o pó liofilizado de 100mg com 2mL de diluente.
  • Via subcutânea: dados não disponíveis.
  • Via retal: administrar na forma de enema, reter a solsolução por 1 h (preferencialmente à noite).

Interações medicamentosas.

  • Interleucina: ocorre redução da efetividade da interleucina.
  • Anfotericina B, clortalidona, furosemida, hidroclorotiazida: há aumento no risco de hipocalemia.
  • Ácido salicílico: há aumento nos efeitos de úlceras ou irritação gastrintestinal.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: pode resultar em diminuição nos efeitos dos bloqueadores neuromusculares, prolongando fraqueza muscular e miopatia.
  • Quetiapina, neostigmina, piridostigmina, tretinoína: pode resultar em diminuição nas concentrações séricas desses medicamentos.
  • Carbamazepina, colestiramina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina: pode resultar em diminuição nos efeitos da hidrocortisona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: podem ocorrer aumentos nos riscos de ruptura de tendão.
  • Anticoncepcionais orais, itraconazol: pode ocorrer prolongamento dos efeitos da hidrocortisona.
  • Vacinas: pode resultar em resposta imunobiológica inadequada da vacina.
  • Femprocumona, varfarina: pode resultar em aumento nos riscos de sangramento.
  • Indometacina: aumenta o risco de perfuração gastrintestinal.

Lactação. Usar com precaução.

 

Isotretinoína

Grupo farmacológico. Derivado retinoico.

Apresentações. Cpscápsula de 2,5, 5, 10, 20, 30 e 40mg; gel 0,5mg/g em bisnaga 10, 25 e 30g; crcreme dermatológico com 0,5mg/g ou 1mg/g em bisnaga de 10g.

Usos. Acne nodular grave e resistente a terapêuticas convencionais.

Contraindicações. Gestação ou risco de gestar (categoria de risco X), lactação, IH, hipervitaminose A, lipídeos séricos excessivamente elevados, alteração renal moderada.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para < 12 anos.
  • Pediatria: em > 12 anos, posologia de 0,5-1mg/kg/dia em 2 doses. Casos graves podem necessitar de até 2mg/kg/dia, por 15-20 semanas ou até redução de 70% nas lesões.
  • Adolescentes: a dose varia de 0,5-1mg/kg/dia, em doses divididas, por 15-20 semanas (dose cumulativa de 120mg/kg por tratamento).

Ajuste de dose.

  • Função hepática: contraindicado em alteração hepática moderada.
  • Função renal: contraindicado em alteração renal moderada.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar as cpscápsula inteiras, sem mastigar, com alimentos. Pacientes com dificuldade de deglutição podem abrir as cpscápsula e misturar seu conteúdo em papas de frutas, sorvetes ou alimentos leves.
  • Via sonda: dados não disponíveis.

Interações medicamentosas.

  • Tetraciclinas: a isotretinoína pode aumentar os efeitos das tetraciclinas, desencadeando efeitos tóxicos.
  • Anticoncepcionais orais: a isotretinoína pode diminuir os efeitos dos anticoncepcionais orais.
  • Vitamina A: o uso concomitante pode elevar as concentrações de vitamina A e desencadear efeitos adversos.
  • Alimentos: a presença de alimentos aumenta a biodisponibilidade do medicamento.

Lactação. Contraindicado.

 

Loratadina

Grupo farmacológico. Anti-histamínico H1; 2ª geração.

Apresentações. Cprcomprimido de 10mg; xpexarope com 5mg/5mL em 60, 100, 120 e 150mL. Loratadina + pseudoefedrina: xpexarope com 1mg + 12mg/mL em 30, 60 e 120mL; drgdrágea simples com 0,5mg + 120mg; cprcomprimido revestido com 10mg + 240mg.

Usos. Rinite e conjuntivite alérgica, urticária crônica idiopática. Pouco efeito sobre a obstrução nasal.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para < 2 anos.
  • Pediatria: < 2 anos: 2,5mg, 1x/dia; 2-5 anos: 5mg, 1x/dia; ≥ 6 anos ou 30kg: 10mg, 1x/dia.
  • Adolescentes: 10mg, 1x/dia.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: administrar a cada 48 h.
  • Função renal: se ClCr < 30mL/min, administrar a cada 48 h.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com o estômago vazio, com ou sem água. Pode ser administrado logo antes dos alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, preferencialmente administrar o xpexarope. Os cprcomprimido desintegram-se rapidamente em água, podendo ser administrados por essa via (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Amiodarona: pode desencadear efeitos de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, arritmias).
  • Cimetidina: pode ocorrer aumentos nos níveis séricos da loratadina, levando à efeitos de toxicidade.
  • Alimentos: a presença de alimentos aumenta a concentração do medicamento em até 40% e diminuindo o tempo de pico de concentração em aproximadamente 1 h, podendo desencadear efeitos tóxicos do organismo; administrar em jejum.

Lactação. Não recomendado.

 

Minociclina

Grupo farmacológico. Tetraciclina. Genérico. Cloridrato de minociclina. Nome comercial.

Apresentação. Cprcomprimido revestido de 100mg.

Usos. No tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, como uretrites, endocervicites, doença inflamatória pélvica e infecções por Chlamydia sp. As tetraciclinas e os macrolídeos são os fármacos de escolha no tratamento da infecção por Mycoplasma pneumoniae e no tratamento das riquetsioses. Em combinação com um aminoglicosídeo, é tratamento efetivo contra a brucelose. Usada no tratamento da doença de Lyme, quando não há envolvimento do SNCsistema nervoso central. Infecções intestinais por Vibrio sp. e Campylobacter sp. e infecções de pele e de tecidos moles por Pasteurella multocida respondem bem ao tratamento. É a tetraciclina mais ativa contra Staphylococcus sp., podendo ser utilizada em infecções inclusive por cepas resistentes à oxacilina.

Contraindicações. Gestação (categoria de risco D), crianças com ≤ 8 anos de idade (causa retardo do crescimento ósseo e descoloração dos dentes).

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para < 8 anos.
  • Pediatria (8-12 anos): iniciar com 4mg/kg, seguidos por 2mg/kg/dose a cada 12 h.
  • Adolescentes: iniciar com 200mg e, após, 100mg, a cada 12 h. Acne: 50-100mg, a cada 12-24 h. Carreador assintomático de meningococo: 100mg, a cada 12 h, por 5 dias. Chlamydia ou Ureaplasma urealyticum: 100mg, a cada 12 h por 7 dias. Infecção gonocócica não complicada (sem uretrite ou infecção anorretal): 100mg, a cada 12 h, por pelo menos 4 dias. Infecção gonocócica (uretrite não complicada): 100mg, a cada 12 h, por pelo menos 5 dias. Mycobacterium marinum (infecção cutânea): 100mg, a cada 12 h, por 6-8 semanas. Nocardia (infecção cutânea, não SNCsistema nervoso central): 100-200mg a cada 12 h. Sífilis: 200mg, seguidos por 100mg, a cada 12 h, por 10-15 dias.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: necessita de redução de dose na disfunção hepática grave.
  • Função renal: se ClCr 50-80mL/min, usar dose usual; se ClCr 10-50mL/min, dose usual, embora existam orientações para aumentar o intervalo; se ClCr < 10mL/min, dose usual, embora existam orientações para aumentar o intervalo.
  • Diálise: hemodiálise: dose usual; não necessita suplementação. Diálise peritoneal: usar dose usual.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o cprcomprimido em jejum, 1 h antes ou 2 h após os alimentos, com muito líquido (evitar irritação gastresofágica). Evitar derivados lácteos. Com derivados lácteos, suplemementos à base de ferro e antiácidos, administrar a minocilina 2 h antes ou após os medicamentos.
  • Via sonda: dados não disponíveis.

Interações medicamentosas.

  • Acitretina, isotretinoina, vitamina A: pode ocorrer aumento nos riscos de desenvolver pressão intracraniana.
  • Hidróxido de alumínio, suplementos cálcio, suplemento ferro, hidróxido de magnésio: o uso concomitante diminui o efeito da minociclina.
  • Atazanavir, penicilina G, penicilina V: pode ocorrer diminuição nos níveis plasmáticos desses medicamentos, diminuindo a eficácia.
  • Dicumarol, varfarina: há risco aumentado de sangramento.
  • Digoxina: há risco aumentado de desenvolver efeitos adversos da digoxina (arritmias, náusea, vômitos).
  • Anticoncepcionais orais: pode ocorrer diminuição na eficácia contraceptiva.
  • Alimentos: a presença de alimentos contendo ferro, alumínio, magnésio e cálcio (derivados lácteos) pode diminuir a absorção da minociclina.

Lactação. Não recomendado.

 

Paracetamol (acetaminofeno)

Grupo farmacológico. Analgésico e antitérmico, mas pouquíssima atividade anti-inflamatória.

Apresentações. Cprcomprimido de 500mg; cprcomprimido revestidos de 650 e 750mg; solsolução oral (gt) com 100 ou 200mg/mL em frfrasco de 15 ou 20mL; solsolução oral com 32mg/mL em 60mL; sachês pó de 500mg para chás com sabor; cprcomprimido de 500mg (associado com 65mg de cafeína); 500mg (associado com 30mg de pseudoefedrina).

Usos. Alívio da dor e da febre.

Contraindicações. Hipersensibilidade ao paracetamol ou a qualquer componente da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: dose oral: administrar 20-25mg/kg, com manutenção de 12-15mg/kg/dose. Dose retal: 30mg/kg, com manutenção de 12-18mg/kg/dose. Intervalos: recém-nascido a termo: 6/6 h; pré-termo ≥ 32 semanas: 8/8 h; pré-termo < 32 semanas: 12/12 h.
  • Pediatria: dose oral: 10-15mg/kg/dose a cada 4-6 h. Dose máxima: 5mg/kg/dia ou 4g/dia. Solsolução com 200mg/mL: 10mg/gt = 1 gt/kg/dose. Solsolução com 100mg/mL: 5mg/gt = 2 gt/kg/dose.
  • Adolescentes: 500-1.000mg, a cada 4-6 h (máximo de 4g/dia).

Ajuste de dose.

  • Função hepática: evitar uso por longo tempo em pacientes com doença hepática crônica. Doses baixas são toleradas por pacientes cirróticos ou com doença hepática.
  • Função renal: se Clcr 10-50mL/min, administrar a cada 6 h; se Clcr < 10mL/min, administrar a cada 8 h.
  • Diálise: moderadamente dialisável (20-50%).

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem alimentos, com 1 copo (250mL) de água. Recomenda-se que as gt sejam diluídas em volume adequado de água para a administração.
  • Via sonda: preferencialmente, administrar a solsolução oral via sonda. O cprcomprimido pode ser triturado e misturado em volume adequado de água para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Bussulfano: pode ocorrer diminuição no clearance do bussulfano; monitorar efeitos.
  • Cloranfenicol: pode favorecer efeitos tóxicos do cloranfenicol (hipotensão, vômitos, hipotermia).
  • Colestiramina, exenatida, carbamazepina, isoniazida, fenitoína, zidovudina: pode diminuir a biodisponibilidade do paracetamol, diminuindo seus efeitos e aumentando o risco de hepatotoxicidade.
  • Lamotrigina: o paracetamol pode diminuir os efeitos da lamotrigina.
  • Varfarina: monitorar risco de sangramento.
  • Alimentos: a presença de alimentos ricos em carboidratos pode retardar a absorção do medicamento, mas não afeta sua extensão total.

Lactação. Compatível.

 

Prednisona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. cprcomprimido de 5 e 20mg.

Usos. Tratamento anti-inflamatório ou imunossupressor em uma variedade de condições, incluindo as hematológicas, alérgicas, inflamatórias, neoplásicas, autoimunes.

Contraindicações. Infecções fúngicas sistêmicas, varicela, infecção grave (exceto choque séptico e meningite tuberculosa).

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: mesmas doses/indicações da prednisolona.
  • Adolescentes: as doses são de 2,5-60mg/dia. A dose de reposição fisiológica para crianças e adolescentes é de 4-5mg/m²/dia. A dose depende da condição a ser tratada e da resposta do paciente. A descontinuação do uso prolongado requer uma retirada gradual. Altas doses diárias são necessárias para controle de doenças severas. Em geral, usam-se 4-10 dias para algumas enfermidades alérgicas ou colagenoses. Doses habituais: asma: 1-2mg/kg/dia, divididos em 1-2x/dia, por 3-5 dias. Imunossupressão em transplante renal: 0,5-1mg/kg/dia, nas primeiras semanas, com redução gradual até a dose de manutenção de 5mg/dia. Pneumonia por Pneumocystis carinii: 40mg, 2x/dia, por 5 dias, seguidos por 40mg, 1x/dia, por 5 dias, seguidos por 20mg/dia, por 11 dias, ou até completar a antibioticoterapia. Tireotoxicose: 60mg/dia. Quimioterapia: 20mg/dia a 100mg/m²/dia. Artrite reumatoide: uso da menor dose possível (7,5mg/dia). Púrpura trombocitopênica idiopática: 60mg/dia, por 4-6 semanas. LES agudo: 1-2mg/kg/dia, divididos em 2-3 doses; na manutenção, passar para a menor dose possível, geralmente < 1mg/kg/dia, em dose única matinal. Síndrome nefrótica: 1-2mg/kg/dia, em adolescentes; em crianças, 2mg/kg/dia ou 60mg/m²/dia (máximo: 80mg/dia) até negativar proteinúria por 3 dias consecutivos (máximo 28 dias); seguidos por 1-1,5mg/kg/dose ou 40mg/m²/dose, por 4 semanas.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, o cprcomprimido pode ser triturado, e seu conteúdo, dissolvido em volume adequado de água (uso imediato) ou fazer uso da suspsuspensão oral a partir dos cprcomprimido. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, hidroclorotiazida: pode resultar em risco de hipocalemia.
  • Ácido acetilsalicílico: pode resultar em aumento nos riscos de irritação gástrica.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: pode resultar na diminuição da eficácia dos bloqueadores neuromusculares.
  • Vacinas: pode resultar na variação das respostas imunobiológicas.
  • Carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina, somatropina: pode resultar na diminuição nos efeitos da prednisona.
  • Fluconazol, isoniazida, itraconazol, ritonavir: pode resultar no aumento dos efeitos da prednisona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: pode potencializar efeito de ruptura de tendão.
  • Ciclosporina, dicumarol, femprocumona, varfarina: pode resultar no aumento dos efeitos desses medicamentos.
  • Quetiapina, nesostigmina, piridostigmina, tretinoína: pode resultar na diminuição dos níveis plasmáticos desses medicamentos, diminuindo o efeito esperado.
  • Montelucaste: pode resultar em edema periférico severo.
  • Alimentos: a presença de alimentos não interfere na biodisponibilidade do medicamento.

Lactação. Compatível.

 

Ribavirina

Grupo farmacológico. Antiviral.

Apresentações. Cpscápsula com 100 e 250mg; frfrasco pó liofilizado para inalação de 6 g (20mg/mL); xpexarope oral de 100mL.

Uso. Hepatite C crônica, em associação com interferon-α.

Contraindicações. Gestação (categoria de risco D), mulheres em idade fértil que não utilizam método contraceptivo seguro, IH Child B e C.

Uso off-label. Uso IVintravenoso para infecções por adenovírus em pacientes pediátricos imunossuprimidos com idade entre 2 semanas e 18 anos: 25mg/kg/dia, divididos em 3 doses diárias no 1º dia e 15mg/kg/dia, a cada 8 h, nos 9 dias. A amostra é pequena, a eficácia terapêutica não fica esclarecida.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: uso inalatório para infecção por vírus sincicial respiratório: inalação contínua: 6 g diluídas em 300mL de água destilada, 12-18 h por dia, por 3 dias, podendo ser prolongado até 7 dias. Inalação intermitente com dose maior e menor duração; para maior comodidade posológica, diluir 6 g em 100mL de água destilada por 2-3 h, por 3-7 dias. O uso de terapia intermitente em altas doses não deve ser feito em pacientes em ventilação mecânica, em virtude do risco de cristalização do fármaco no circuito em concentração mais elevada. Entretanto, a eficácia terapêutica e a viabilidade (pelo custo, inalação prolongada e risco ocupacional) do uso inalatório são questionadas em metanálise recente indicando uma tendência a menor duração da ventilação mecânica e internação e menor número de recorrências. Porém, ressalta-se a falta de poder dos estudos atuais para fundamentarem esse conceito. Em terapia combinada para hepatite C (> 3 anos): 15mg/kg/dia, a cada 12 h. Se terapia com cpscápsula: 25-36kg: 200mg a cada 12 h; 37-49kg: 200mg pela manhã e 400mg à noite, a cada 12 h; 50-61kg: 400mg a cada 12 h, > 61kg: adolescente.
  • Adolescentes: infecção pelo HCV: monoinfectados com < 75kg: 500mg, 12/12 h; com ≥ 75kg: 600mg, de 12/12 h, por 6 meses (genótipos 2 e 3) e 1 ano (genótipos 1 e 4). Coinfecção (HIV/HCV): 400mg, de 12/12 h, por 1 ano.

Ajuste de dose.

  • Toxicidade hematológica: se queda > 2 g/dL na hemoglobina, usar 7,5mg/kg/dia, 1x/dia, em crianças, e 600mg/dia, em dose única, se cpscápsula e 200mg pela manhã e 400mg à tarde se cprcomprimido.
  • Função hepática: não há dados seguros em pacientes com insuficiência hepática. Evitar se Child B ou C.
  • Função renal: se ClCr 40mL/min, dose de 400-600mg, 1x/dia; se ClCr 20mL/min, usar 300-200mg, 1x/dia, controlando os para-efeitos hematológicos.
  • Diálise: uso em pacientes em diálise: 200mg, 3x/semana, após diálise. No entanto, o uso em geral é desaconselhado pelo risco de anemia hemolítica e acúmulo do fármaco que não é dialisável.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos, porém preferencialmente com alimentos, para aumentar a absorção (administrar sempre da mesma forma). A cpscápsula não pode ser aberta.
  • Via sonda: podem-se abrir as cpscápsula e dissolver seu conteúdo em volume adequado de água (uso imediato) ou fazer uso do xpexarope (diluir dose em água para facilitar a administração). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via inalatória: o medicamento deve ser administrado em salas bem ventiladas, fazendo uso de máscara facial, espaçadores ou o dispositivo que acompanha o produto. A inalação deve ser realizada de forma lenta. Pacientes em ventilação mecânica devem ter a pressão pulmonar monitorada a cada 2 ou 4 h, pois o medicamento pode se depositar no ventilador e provocar obstrução (usar conexões).

Interações medicamentosas.

  • Abacavir, didanosina, lamivudina, estavudina, zalcitabina, zidovudina: pode desencadear acidose láctica fatal ou não fatal, neuropatia periférica, pancreatite, anemia ou falência hepática.
  • Antiácidos: diminuem a absorção da ribavirina.
  • Interferon-α: pode ocorrer aumento nos efeitos da ribavirina.
  • Azatioprina: há risco aumentado de desencadear efeitos de mielotoxicidade.
  • Alimentos: a presença de alimentos ricos em gordura aumenta a biodisponibilidade do medicamento.

Lactação. Não recomendado.

 

Salbutamol

Grupo farmacológico. Broncodilatador; beta-2-agonista de curta ação.

Apresentações. Aerossol pressurizado de 100mg de sulfato de salbutamol por jato com 200 doses e solsolução para nebulização com 5mg/mL em 10mL; cprcomprimido de 2 e 4mg; ampampola de 0,5mg/mL; xpexarope com 0,4mg/mL em 120mL.

Usos. No tratamento da crise e/ou manutenção da asma. No tratamento de exacerbações e/ou manutenção da DPOCdoença pulmonar obstrutiva crônica. Prevenção do broncospasmo induzido pelo exercício.

Contraindicações. Pacientes com arritmia cardíaca associada a taquicardia, taquicardia causada por intoxicação digitálica ou pacientes que apresentem resposta incomum às aminas simpaticomiméticas.

Posologia.

  • Neonatologia: segurança e eficácia não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: crise de asma: spray: 400-800mg/dose (4-8 jatos) a cada 20 min por 3 doses, após a cada 1-4 h; nos lactentes em crise aguda, mínimo 5 jatos. Nebulização: 0,15mg/kg (mínimo: 2,5mg) a cada 20min, por 3 doses, após, 0,15-0,3mg/kg (não exceder 10mg) a cada 1-4 h, conforme necessidade, ou 0,5mg/kg/h em nebulização contínua. IVintravenoso contínuo: 1-15mg/kg/min; iniciar com menor dose e aumentar conforme necessidade (1 ampampola = 500mg).
  • Adolescentes: spray: 100-200µg a cada 4-6 h. Nebulização: 8-10 gt em 3-4mL de SFsoro fisiológico 0,9% a cada 4-6 h. Na crise: spray, 4-8 jatos com espaçador, a cada 15 min, na 1a h e, após, a cada 1-4h. Nebulização: 10 gt a cada 15 min na 1a h e, após, a cada 1-4 h. Não indicado uso IVintravenoso.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o xpexarope e os cprcomprimido com ou sem alimentos.
  • Via sonda: o xpexarope para administração via sonda pode ser rediluído em volume adequado de água ou suco de frutas para diminuir a viscosidade (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: pode ser administrado lentamente na concentração de 50mg/mL. Contínuo: administrar na velocidade inicial de 5mg/min, podendo-se aumentar a cada 15-30 min para 10-20mg/min, em bomba de infusão. O medicamento não deve ser administrado sem diluição em soro; diluir a dose na concentração entre 10-20mg/mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5%.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.
  • Via inalatória: spray: agitar bem o spray antes do uso. Aplicação: segurar o inalador na posição vertical entre os dedos, a uma distância dos lábios, expirar lentamente até todo o ar sair dos pulmões. Ao disparar o jato, inspirar o ar pela boca e prender a respiração por 10 s. Se houver mais de 1 jato, deve haver pausa (10 s) entre eles. Nebulização: diluir a dose em SFsoro fisiológico 0,9% até completar 3mL; fazer uso de máscara facial.

Interações medicamentosas.

  • Digoxina: pode ocorrer diminuição nos efeitos da digoxina.
  • Esmolol, carvedilol, metoprolol, nadolol, pindolol, propranolol, sotalol: pode ocorrer diminuição na eficácia com uso concomitante com salbutamol.
  • Lazabemida, linezolida, moclobemida, pargilina, procarbazina, rasagilina, selegilina: pode ocorrer aumento nos riscos de agitação, taquicardia ou hipomania pelo aumento nos efeitos do salbutamol.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a absorção do medicamento de liberação imediata.

Lactação. Usar com precaução.

 

Tiroxina (levotiroxina)

Grupo farmacológico. Hormônio tireoidiano.

Apresentações. Cprcomprimido de 25, 50, 75, 88, 100, 112, 125, 150, 175 e 200mg.

Usos. Hipotireoidismo de qualquer etiologia, supressão do TSH.

Contraindicações relativas. IAM recente e insuficiência suprarrenal não tratada.

Posologia.

  • Neonatologia: dose inicial oral: 10-14 µg/kg/dose a cada 24 h. Dose inicial IVintravenoso: 5-8mg/kg/dose a cada 24 h.
  • Pediatria: de 0-6 meses: 10-15mg/kg/dia; 6-12 meses: 6-10mg/kg/dia; de 1-5 anos: 5-6mg/kg/dia; de 6-12 anos: 4-5mg/kg/dia; > 12 anos: 2-4mg/kg/dia.
  • Adolescentes: doses iniciais de 50µg/dia, aumentando-se 25µg a cada 3-4 semanas, até que o efeito seja alcançado; ou 1,7µg/kg, nos casos sintomáticos, e 1,0µg/kg, nos assintomáticos. A dose de manutenção é, em geral, de 75-125µg/dia. Reposição hormonal para supressão do TSH em pacientes com carcinoma diferenciado da tireoide: 2,0-3,0µg/kg/dia durante 7-10 dias. Ajustar a dose a cada 4-6 semanas, conforme TSH sérico, no hipotireoidismo primário, ou T4 sérico, no hipotireoidismo secundário.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: não é necessário ajuste.
  • Função renal: não é necessário ajuste.
  • Diálise: não é necessário ajuste.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com o estômago vazio, 30-60 min antes do café da manhã, com água.
  • Via sonda: para a administração via sonda, o cprcomprimido pode ser triturado e seu conteúdo dissolvido em 5-10mL de água (uso imediato) ou fazer uso da suspsuspensão oral a partir dos cprcomprimido. No momento da administração, pausar a dieta enteral 1 h antes da administração do medicamento e reiniciá-la após 1 h.

Interações medicamentosas.

  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, carbonato de cálcio, carbamazepina, colestiramina, imatinibe, orlistat, fenobarbital, fenitoína, rifampicina, sevelamer, dimeticona, sinvastatina, sucralfato: pode resultar na diminuição da eficácia da tiroxina; administrar com intervalo de 4 h.
  • Deslanosídeo, digoxina, exenatida, glibenclamida, insulina, repaglinida: pode resultar na diminuição na eficácia desses medicamentos.
  • Dicumarol, femprocumona, varfarina: pode potencializar risco de sangramento.
  • Alimentos: a presença de alimentos diminui a absorção do medicamento.

Lactação. Compatível.

 

Vitamina A (retinol)

Grupo farmacológico. Micronutriente.

Usos. Tratamento e prevenção da deficiência de vitamina A.

Contraindicações. Hipervitaminose A, a administração de doses altas é referenciada como categoria de risco X na gestação.

Posologia.

  • Neonatologia: tratamento profilático de displasia pulmonar dentro das primeiras 72 h de vida em prematuro < 1.000 g: 5.000UI, IMintramuscular, 3x/semana, num total de 12 doses.
  • Pediatria: tratamento da deficiência com xeroftalmia: VOvia oral, 1-8 anos: 5.000-10.000UI/kg/dia, por 5 dias, ou até recuperação; > 8 anos: 500.000UI/dia, por 3 dias, após 50.000UI/dia, por 14 dias, após, 10.000-20.000UI/dia, por 2 meses. Tratamento da deficiência sem lesão ocular: VOvia oral: < 1 ano: 100.000UI a cada 4-6 meses; 1-8 anos: 200.000UI a cada 4-6 meses; > 8 anos: 100.000UI/dia, por 3 dias, após, 50.000UI/dia, por 14 dias. Tratamento parenteral: IMintramuscular, lactentes: 7.500-15.000UI/dia, por 10 dias; 1-8 anos: 17.500-35.000UI/dia, por 10 dias; > 8 anos: 100.000UI/dia, por 3 dias, após, 50.000UI/dia, por 14 dias. Síndrome má-absorção (profilaxia): > 8 anos e adolescentes: VOvia oral, 10.000-50.000UI/dia. Suplemento dietético: < 6 meses, 1.500UI/dia; 6 meses-3 anos: 1.500-2.000UI/dia; 4-6 anos: 2.500UI/dia; 7-10 anos: 3.300-3.500UI/dia.
  • Adolescentes: prevenção da deficiência de vitamina A: 4.000-5.000UI/ dia. Tratamento da deficiência sem lesão ocular: 100.000UI/dia, por 3 dias, VOvia oral; após, 50.000UI/dia, por 14 dias, VOvia oral. Tratamento da deficiência com lesão ocular: 500.000UI/dia, por 3 dias, VOvia oral; após, 50.000UI/dia, por 14 dias, VOvia oral; e, a seguir, 10.000-20.000UI/dia, por 2 meses, VOvia oral. Na síndrome de má absorção, em que a rota oral é ineficaz: 100.000UI/dia, por 3 dias, IMintramuscular, e, após, 50.000UI/dia, por 2 semanas. Betacaroteno: 6-15mg/dia.

Ajuste de dose.

  • Função hepática: dados não disponíveis.
  • Função renal: dados não disponíveis.
  • Diálise: dados não disponíveis.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com alimentos ou leite.
  • Via sonda: pode ser administrado via sonda nasogástrica. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: não.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Femprocumona, varfarina, heparina, clopidogrel: pode aumentar risco de sangramento.
  • Acitretina, isotretinoína, tretinoína: pode potencializar risco de hipervitaminose A; monitorar efeitos de toxicidade.
  • Minociclina: pode ocorrer risco hipertensão intracraniana benigna.
  • Alimentos: a presença de alimentos ricos em gordura favorece a absorção da vitamina.

Lactação. Compatível.

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